Imagina você sair de férias, mais que isso férias suadas, merecidas. Daí depois de voltar, no primeiro dia depois desse pequeno descanso, seu patrão avisar que você está demitido, você está disponível no mercado de trabalho, você não vai mais prestar serviço para aquela empresa. São muitos os modos de dizer essa má notícia.
O pior é que isso aconteceu na Secretaria de Educação Goiás, no primeiro dia de aula, depois das férias de julho. O Governador Ronaldo Caiado e sua fiel Secretária de Educação Fátima Gavioli, simplesmente dispensaram diversos contratos no primeiro dia letivo do segundo semestre de 2019.
DEMISSÃO SURPRESA E O CARRASCO
O pior foi para os diretores que tiveram que fazer esse papel de carrasco. Apenas um dia antes os diretores da Rede Estadual de Ensino ficaram sabendo que teriam eles mesmos que dar a má notícia para os membros de suas equipes que seriam demitidos. Uma diretora, que pediu para manter seu nome em anonimato, para evitar uma eventual perseguição, disse ao Sosnoticia que foi uma situação muito complicada, os contratos terminaram o segundo bimestre e foram para o período de férias sem nada de aviso de que iriam ser demitidos. Para ela foi muito constrangedor ter de contar para a pessoa toda empolgada para os trabalhos do próximo semestre que não daria mais aulas na Rede Estadual.
O PROBLEMA PARA OS ALUNOS
Os alunos são, no final das contas, os mais prejudicados, pois o professor demitido já estava com um trabalho em andamento, estava alinhado com o projeto pedagógico da escola, tinha já todo um jeito de lidar com os alunos. Mesmo se vier outro bom profissional, é muito complicado quando um professor trabalha com uma turma em já tem um trabalho de outro professor em andamento, existe ainda o prazo para se adequar ao ritmo dos alunos e ao sistema daquela escola.
O DRAMA DOS CONTRATOS DA REDE ESTADUAL
Um dos grandes problemas que vêm sendo pontuados pelos profissionais da Rede Estadual de Ensino é justamente a respeito da questão dos contratos, uma vez que são profissionais que mudam o tempo todo nas escolas, os mesmos não têm direitos algum, não têm voz na escola, não dão seguimento em suas carreiras de professores. A própria subsecretaria de Goianésia admite que é um dos grandes desafios da Educação Estadual, uma vez que quando um professor está começando a fazer um bom trabalho na escola, vem a rescisão do contrato deste profissional. Claro que não afeta apenas a função em sala de aula, algumas escolas ficaram, inclusive sem merendeira, sem porteiros e outros profissionais imprescindíveis para um bom ambientes para os alunos.
EXPLICAÇÃO DE FÁTIMA GAVIOLI
Os professores e demais profissionais da educação que tiveram seus contratos rescindidos são apenas os que completaram 03 anos de contrato, e pelas regras eles não podem continuar usufruindo de contrato com a Secretaria de Educação, desta forma foram dispensados.
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